projeto de publicação de textos, traduções e imagens de interesse de poucas mas boas pessoas que colaboram para valorizar a cultura em todas as suas diferentes manifestações - Unterstützung für das Projekt zur Veröffentlichung von Texten, Übersetzungen und Bildern, die sich an einige interessierten Leuten richten, die damit arbeiten, die Kultur in allen ihren Ebenen zu verbessern
domingo, 26 de junho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
O silêncio
"O silêncio é um amigo que nunca trai." Confúcio
Nós os índios conhecemos o silêncio.
Não temos medo dele.
Na verdade para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio
e eles nos transmitiram essa sabedoria.
"Observe, escute e logo atue", nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.
Observe os animais, para ver como cuidam de seus filhotes.
Observe os anciões, para ver como se comportam...
Observe o homem branco para ver o que querem.
Sempre observe primeiro com o coração e a mente quietos e então aprenderá.
Quando tiver observado o suficiente então poderá atuar.
Com os brancos é o contrário.
Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem todos
e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de "resolver um problema".
Talvez o silêncio seja duro demais para vocês
porque mostra um lado que vocês não querem ver.
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começar a falar eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutar se não gostar do que está dizendo.
Mas não vou te interromper.
Quando terminar tomarei minha decisão sobre o que você disse,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Você terá dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveríamos pensar nas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las e permitir-lhes que cresçam em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando
e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.
Não sofremos de falta de comunicação mas,
ao contrário, sofremos com todas as forças que nos obrigam a nos exprimir
quando não temos grande coisa a dizer.
(Sabedoria indígena).
Nossos agradecimentos a Eduardo Rodrigues
por compartilhar o belo post de seu blog "Estrada Aberta"!
Nós os índios conhecemos o silêncio.
Não temos medo dele.
Na verdade para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio
e eles nos transmitiram essa sabedoria.
"Observe, escute e logo atue", nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.
Observe os animais, para ver como cuidam de seus filhotes.
Observe os anciões, para ver como se comportam...
Observe o homem branco para ver o que querem.
Sempre observe primeiro com o coração e a mente quietos e então aprenderá.
Quando tiver observado o suficiente então poderá atuar.
Com os brancos é o contrário.
Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem todos
e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de "resolver um problema".
Talvez o silêncio seja duro demais para vocês
porque mostra um lado que vocês não querem ver.
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começar a falar eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutar se não gostar do que está dizendo.
Mas não vou te interromper.
Quando terminar tomarei minha decisão sobre o que você disse,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Você terá dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveríamos pensar nas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las e permitir-lhes que cresçam em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando
e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.
Não sofremos de falta de comunicação mas,
ao contrário, sofremos com todas as forças que nos obrigam a nos exprimir
quando não temos grande coisa a dizer.
(Sabedoria indígena).
Nossos agradecimentos a Eduardo Rodrigues
por compartilhar o belo post de seu blog "Estrada Aberta"!
domingo, 12 de junho de 2011
Lee "Scratch" Perry - Papa was a rolling stone
Lee "Scratch" Perry (nascido Rainford Hugh Perry; Kendal, 20 de março de 1936) é um DJ, músico, técnico de som e produtor musical jamaicano ganhador do GRAMMY Awards de melhor álbum de reggae em 2002. É considerado uma grande influência no desenvolvimento e aceitação do reggae e do dub na Jamaica e no exterior. Formou a banda The Upsetters, e também é conhecido como Pipecock Johnson ou Upsetter. Em 2004, a Rolling Stone colocou Perry na posição 100 na lista "100 Greatest Artists of All Time" (100 Maiores Artistas de Todos os Tempos).
sábado, 4 de junho de 2011
Mércia Costa - Poema
mais um
eu não sou arrogante
não sou injusto
sou preconceituoso não
não subestimo outros
os outros não
eu não me sinto mal
comigo mesmo não
não me lamento
nenhum momento
é intolerável
não sou egoísta
nem incapaz
eu não
sou não
eu não sou arrogante
não sou injusto
sou preconceituoso não
não subestimo outros
os outros não
eu não me sinto mal
comigo mesmo não
não me lamento
nenhum momento
é intolerável
não sou egoísta
nem incapaz
eu não
sou não
foto e colagem de Mércia Costa
Assinar:
Postagens (Atom)